As doenças crônicas representam hoje um dos maiores desafios de saúde pública no Brasil e no mundo. Entre elas, destacam-se o Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), a Fibromialgia e o Alzheimer, condições que afetam milhões de pessoas e que, apesar de não terem cura, podem ter seus sintomas controlados com diagnóstico precoce, acompanhamento médico e políticas públicas eficazes.
Essas doenças não impactam apenas a vida dos pacientes e famílias — elas também influenciam diretamente o planejamento do sistema público de saúde, a definição de protocolos de tratamento, a distribuição de medicamentos pelo SUS e até o mercado de licitações em saúde.
Neste artigo, você vai entender:
- O que caracteriza cada uma dessas doenças;
- Os dados mais recentes sobre sua incidência no Brasil;
- Como o governo combate essas enfermidades por meio de políticas públicas;
- Quais são os CATMATs e licitações mais frequentes relacionadas ao seu tratamento;
- E por que fornecedores e gestores precisam acompanhar de perto essa realidade.
Boa leitura!
Fibromialgia – a dor que não se vê
A fibromialgia é um distúrbio reumático caracterizado por dor muscular generalizada e crônica, com duração superior a três meses. É acompanhada de sintomas como sono não reparador, cansaço persistente, ansiedade, depressão e alterações de memória e concentração.
Dados no Brasil
- Segundo o Ministério da Saúde (2025), cerca de 3% da população brasileira tem fibromialgia.
- A cada 10 pacientes, entre 7 e 9 são mulheres, especialmente na faixa etária entre 30 e 60 anos.
No campo das políticas públicas e compras governamentais, o tratamento da fibromialgia envolve medicamentos como analgésicos, antidepressivos e relaxantes musculares, todos listados em grupos de CATMAT de medicamentos do SUS. O governo combate à doença com protocolos clínicos e oferta desses fármacos pela rede pública. Exemplos de editais incluem pregões eletrônicos estaduais para fornecimento de pregabalina, duloxetina e amitriptilina.
Esse dado reforça a necessidade de políticas públicas para prevenção e qualidade de vida.
Lúpus – quando o corpo ataca a si mesmo
O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença inflamatória autoimune. O sistema imunológico produz anticorpos em excesso, que passam a atacar órgãos e tecidos saudáveis, afetando rins, pulmões, pele e articulações.
Cenário da doença no Brasil
- Estima-se que entre 150 mil e 300 mil pessoas convivam com lúpus.
- A doença afeta principalmente mulheres em idade fértil (20 a 45 anos) — cerca de 9 em cada 10 pacientes.
- O LES é a forma mais séria, responsável por aproximadamente 70% dos diagnósticos.
- O diagnóstico deve ser feito por médico reumatologista, combinando sintomas clínicos e exames específicos.
Quando olhamos para o abastecimento do SUS, o lúpus depende de medicamentos como corticoides, imunossupressores e antimaláricos sintéticos, todos categorizados em CATMATs de alto custo. O Ministério da Saúde oferece esses medicamentos pelo Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF). São frequentes as licitações de metotrexato, azatioprina e hidroxicloroquina, realizadas por secretarias estaduais de saúde.
Esse contexto mostra como dados estratégicos ajudam no planejamento em saúde pública.
Alzheimer – a principal causa de demência
O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa progressiva que provoca a perda de memória e a deterioração das funções cognitivas. Ela interfere no comportamento, na personalidade e na autonomia do paciente.
Dados no Brasil
- De acordo com o Relatório Nacional sobre Demência (Ministério da Saúde, 2024), cerca de 8,5% da população com 60 anos ou mais convive com algum tipo de demência — o que representa aproximadamente 1,8 milhão de pessoas.
- A projeção é que esse número chegue a 5,7 milhões até 2050.
Na prática das compras públicas de saúde, o tratamento do Alzheimer está baseado em medicamentos como donepezila, rivastigmina, galantamina e memantina, todos disponíveis no CATMAT de medicamentos para Alzheimer. O governo combate a progressão da doença com protocolos clínicos e fornecimento contínuo desses fármacos pelo CEAF. Diversas licitações já foram realizadas para garantir estoques estaduais desses remédios, geralmente na modalidade de pregão eletrônico.
Esse cenário pressiona o sistema público de saúde e aumenta a necessidade de gestão estratégica de contratos públicos.
Iniciativas de prevenção e conscientização
Diante do impacto dessas doenças crônicas, o governo brasileiro tem promovido campanhas de conscientização, como o Fevereiro Roxo, criado em 2014.
O movimento busca estimular o diagnóstico precoce e o autocuidado, divulgando informações sobre sintomas e incentivando hábitos saudáveis.
Além das campanhas, o Ministério da Saúde publica Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDTs) que orientam o uso de medicamentos vinculados aos CATMATs e organizam a distribuição pelo SUS.
FAQ – Perguntas Frequentes
As doenças crônicas, como lúpus, fibromialgia e Alzheimer, despertam dúvidas frequentes em pacientes, familiares e até gestores de saúde. Para esclarecer mitos e oferecer informações confiáveis, reunimos abaixo as respostas mais buscadas sobre essas condições.
1. O que é fibromialgia?
A fibromialgia é uma síndrome reumática caracterizada por dor muscular difusa e crônica, geralmente acompanhada de fadiga, distúrbios do sono e alterações de memória.
2. Lúpus é contagioso?
Não. O lúpus é uma doença autoimune, em que o sistema imunológico ataca os próprios tecidos do corpo. Ele não pode ser transmitido de pessoa para pessoa.
3. Quais são os primeiros sinais de Alzheimer?
O sintoma inicial mais comum é a perda de memória recente. Com a evolução, surgem dificuldades de linguagem, desorientação e perda de autonomia.
4. Lúpus, fibromialgia e Alzheimer têm cura?
Não. Lúpus, fibromialgia e Alzheimer não têm cura, mas o diagnóstico precoce e o acompanhamento médico podem controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Por que doenças crônicas exigem planejamento contínuo em saúde pública
O lúpus, a fibromialgia e o Alzheimer não têm cura, mas o conhecimento sobre seus sintomas e o acompanhamento médico adequado podem transformar a realidade de pacientes e famílias. Mais do que isso, os dados sobre a incidência e evolução dessas doenças devem servir de guia para gestores públicos e fornecedores de saúde, que precisam planejar insumos, serviços e políticas de prevenção de forma proativa.
Falar de doenças crônicas é falar de sustentabilidade do sistema de saúde. Informação confiável, planejamento estratégico e políticas consistentes são a base para reduzir impactos futuros e melhorar a qualidade de vida da população.
Além do aspecto clínico, fornecedores que atuam em saúde pública devem acompanhar os CATMATs vinculados a essas doenças e monitorar editais de pregão eletrônico para fornecimento de medicamentos e insumos. Essas licitações representam oportunidades recorrentes e estratégicas para empresas do setor.
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