Blog SOL
24/04/2025
A participação em licitações é uma etapa fundamental para empresas que querem fechar contratos com o setor público. O processo, no entanto, não é muito simples. Envolve desafios e riscos que, se não forem bem administrados, podem resultar em prejuízos financeiros, problemas jurídicos e até mesmo penalizações que comprometem a reputação de uma organização.
Nesse cenário, a gestão de risco em licitações é fundamental para assegurar que sua empresa esteja realmente preparada para enfrentar todas as exigências legais envolvidas no processo, avaliar efetivamente os custos envolvidos e garantir que existe capacidade operacional para cumprir o contrato.
Leia este artigo para conferir:
A empresa que pretende entrar em um processo de licitação precisa ter em mente que os riscos podem comprometer a execução do contrato e a saúde financeira da organização. Por isso, é fundamental tê-los bem mapeados antes de submeter uma proposta. Conheça os principais:
Não cumprir a legislação envolvida em uma licitação pode resultar em penalidades graves, incluindo desde multas até até a proibição de fechar novos negócios com o poder público. A Lei das Licitações (Nº 14.133/2021), que regula esse tipo de processo e contrato no Brasil, impõe uma série de requisitos que devem ser seguidos rigorosamente. Sendo assim, é fundamental atentar-se a todas as cláusulas.
Uma proposta de licitação mal precificada pode comprometer a rentabilidade da empresa, causando prejuízos durante a execução do contrato. Por isso, é importante fazer uma análise criteriosa dos custos envolvidos e definir a margem de lucro adequada, bem como avaliar a capacidade financeira do órgão contratante de cumprir com os pagamentos.
Evitar depender excessivamente de um único contrato também é fundamental, visando a sustentabilidade da empresa.
Deixar de cumprir prazos ou especificações estabelecidas no contrato da licitação pode levar a sanções graves, que vão desde multas até a rescisão contratual. Para evitar esse problema, é importante se certificar de que a empresa tem real capacidade de atender a todas as exigências, bem como implementar um plano de gestão de riscos operacionais que preveja possíveis contratempos e quais são as soluções alternativas.
Uma empresa que não cumpre com suas obrigações contratuais, especialmente quando ligadas ao poder público, está sujeita a sofrer impactos negativos em sua imagem, dificultando a participação futura em outras licitações. Além disso, a inclusão no Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas (CEIS) pode impedir novas contratações com o setor público.
A gestão de riscos em licitações passa pela identificação de todos os possíveis problemas e a implementação de estratégias eficazes para prevení-los. Veja quais são os pontos essenciais:
Antes de entrar no processo de licitação, é vital realizar um mapeamento abrangente dos potenciais riscos envolvidos. Isso inclui identificar fatores externos, como condições econômicas e políticas, e internos, como a capacidade da empresa de cumprir prazos e requisitos técnicos. Um entendimento claro dos riscos proporciona uma base sólida para desenvolver estratégias de mitigação.
A análise SWOT (ou FOFA, no português: Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças) é uma ferramenta valiosa na gestão de riscos em licitações. É importante analisar as forças e fraquezas internas da empresa, bem como as oportunidades e ameaças externas. Isso não apenas ajuda na identificação de riscos, mas também fornece ideias para aproveitar oportunidades e fortalecer pontos fracos.
Um dos erros mais comuns cometidos pelas empresas é entrar em uma licitação sem entender completamente as exigências do edital. A leitura detalhada desse documento é essencial para evitar sustos durante a execução do contrato e contar com especialistas jurídicos é de suma importância para evitar armadilhas.
Uma proposta mal precificada pode acarretar prejuízos significativos. Portanto, na hora de elaborá-la, garanta que os valores apresentados sejam sustentáveis e lucrativos. Para isso, é importante realizar um cálculo detalhado dos custos diretos e indiretos envolvidos, incluir a margem de lucro adequada, já considerando possíveis reajustes, e avaliar a capacidade financeira do órgão contratante.
Depender exclusivamente de um fornecedor é algo bastante arriscado. Diversificar essas empresas não apenas reduz a vulnerabilidade e as falhas operacionais, mas também oferece uma vantagem competitiva durante o processo licitatório. Contar com uma cadeia de suprimentos robusta é vital para garantir a continuidade e qualidade dos serviços ou produtos.
Incorporar uma reserva de contingência no orçamento é uma prática inteligente. Isso permite que a empresa esteja preparada para enfrentar imprevistos, como mudanças nas condições de mercado, variações nos custos de insumos ou contratempos operacionais. A reserva de contingência atua como um colchão financeiro, proporcionando estabilidade diante de cenários adversos.
A gestão de riscos em licitações não termina com a assinatura do contrato. Um monitoramento contínuo é essencial para identificar e responder rapidamente a qualquer desvio ou nova ameaça. Estabeleça métricas claras, implemente sistemas de alerta e mantenha uma comunicação constante com a equipe responsável pela execução do contrato.
Crie uma equipe multidisciplinar para lidar com a gestão de riscos em licitações. Envolva profissionais de áreas como finanças, jurídico, operações e gestão de projetos. Essa abordagem integrada permite uma visão abrangente dos riscos, resultando em decisões mais informadas e estratégias de mitigação mais eficazes.
Agora que você já sabe quais são os principais riscos em licitações e estratégias fundamentais para minimizá-los, é importante entender que a transformação digital tem impactado significativamente a forma como as empresas participam e gerenciam seus processos licitatórios.
Contar com um software especializado oferece mais controle, agilidade e segurança na administração das licitações, passando por todas as etapas, que vão desde a identificação das melhores oportunidades até a gestão dos contratos firmados.
Implementar ferramentas tecnológicas faz toda a diferença na redução de erros, na automatização de processos e permitindo, inclusive, que a gestão de licitação pública seja usada de forma estratégica, melhorando a tomada de decisão e tornando a empresa mais competitiva e eficiente.
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