Mulheres em combate: 6 líderes brasileiras na linha de frente da crise de Covid-19
17/08/2020
Mulheres em combate: 6 líderes brasileiras na linha de frente da crise de Covid-19
Na semana em que o número de casos de Covid-19 no Brasil chegou a 3 milhões e o de mortes atingiu a marca histórica de 100 mil, mais do que nunca os desafios impostos pelo novo coronavírus requerem atenção. Além das iniciativas de assistência social e econômica, a pandemia demanda ações rápidas, efetivas e antecipadas na área da saúde –marcada pela prevalência dos rostos de mulheres.
Segundo o relatório “Covid-19: Um Olhar para Gênero” do Fundo de População das Nações Unidas (da sigla em inglês UNFPA), 70% da força de trabalho ligada à área da saúde no mundo é feminina. No Brasil, os números são parecidos. O Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), indica que 65% dos seis milhões de profissionais do setor são do sexo feminino –em áreas como fonoaudiologia, nutrição e serviço social elas ultrapassar 90% de presença, e 80% em enfermagem e psicologia.
Quando são levadas em consideração apenas as profissões de médico, agente comunitário, técnico de enfermagem e auxiliar de enfermagem, dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) 2020 apontam que a força de trabalho feminina ocupa 78,9% dos postos.
A presença massiva de mulheres pode, ao mesmo tempo, representar uma vitória, em questão de presença equitativa profissional, mas também uma derrota. Para Elizabeth Hernandes e Luciana Vieira, autoras do artigo “A Guerra Tem Rosto de Mulher: Trabalhadoras da Saúde no Enfrentamento à Covid-19”, a área da saúde, que envolve cuidados com terceiros, sofre um fenômeno social chamado de feminilização: quando a presença de mulheres implica no valor atribuído às ocupações e os cargos passam a ser socialmente considerados de menor qualificação, remuneração e prestígio.
Entre os médicos, profissão de maior remuneração e reconhecimento, os homens ainda são maioria (52,5%) e possuem salários maiores do que mulheres em postos equivalentes. O estudo de Demografia Médica da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) diz que as mulheres têm menor probabilidade de chegar ao topo salarial e estão nos patamares mais baixos de remuneração no Brasil: 80% delas recebe até US$ 7.175, enquanto 51% deles recebe acima deste valor. Ainda com informações do estudo, homens têm 17,1% de chance de chegar ao topo da remuneração da categoria, já as mulheres apenas 4,1%, probabilidade mais de quatro vezes menor em comparação aos colegas do sexo masculino.
A presença das mulheres na linha de frente do combate à Covid-19 implica também em maior risco de contaminação e, consequentemente, óbitos. Espanha e Itália, países fortemente afetados pela transmissão do novo coronavírus, identificaram que 72% e 66% dos profissionais da saúde infectados são mulheres.
Mesmo diante de inúmeros indicativos desanimadores, elas continuam na busca por ocupar espaços e realizar trabalhos relevantes para a sociedade.
Conheça, na galeria de imagens a seguir, seis mulheres brasileiras na liderança do combate à crise de Covid-19 e seus feitos:
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