Silvia Sfeir é Gente Que Brilha
Confira a entrevista com Silvia Sfeir, Mestre em Administração de Empresas que há 20 anos é professora e atualmente ocupa o cargo de Diretora Executiva de Vendas & Acesso na Bayer, gigante da...
É sempre motivo de orgulho quando pesquisadores e cientistas brasileiros fazem descobertas que tem um impacto real na vida das pessoas. E quando se trata do desenvolvimento de um equipamento que pode salvar vidas que estão em risco por causa da Covid-19, então este orgulho extrapola, nos traz esperança e a certeza de que apesar de todas as dificuldades ainda há um horizonte de possibilidades a ser descoberto.
Enquanto a vacina para a Covid-19 não é disponibilizada no Brasil, pesquisadores vêm realizando experimentos para reduzir os riscos de morte de pessoas infectadas.
No Ceará, Marcelo Alcantara, superintendente da Escola de Saúde Pública (ESP-CE) é responsável pelo desenvolvimento de um respirador criativo e funcional, o Elmo. Em formato de capacete, Elmo foi projetado para ajudar na respiração de pacientes que apresentam quadro de insuficiência respiratória. A notícia se torna ainda melhor quando sabemos que a eficiência desse dispositivo chega a reduzir 60% a necessidade de internação UTI.
Os pacientes escolhidos para testar o capacete Elmo tinham entre 37 e 76 anos e apresentavam comprometimento pulmonar, devido a Covid-19.
Uma dessas pacientes foi a aposentada Maria Irismar Moraes, de 76 anos, que teve seu quadro respiratório recuperado em apenas 2 dias de tratamento com o capacete. “O Elmo foi a salvação da minha vida“, comenta Maria.
O capacete possui uma cúpula transparente, com tubos fixados no pescoço do paciente. Dessa forma, o aparelho consegue distribuir o fluxo de gás contínuo para oxigenar o sangue e expandir o pulmão.
Marcelo Alcantara, o idealizador do Elmo, diz que “o uso inicial dele é enquanto o paciente está acordado, alerta e consciente. Na primeira vez, você utiliza duas, três horas, sempre com um profissional de saúde acompanhando o procedimento para dar segurança. Nos intervalos sem o Elmo, ele pode se alimentar ou fazer higiene pessoal. Depois coloca de novo. Pode usar por dois, três, quatro dias até a condição de base ser resolvida“.
O capacete estava em avaliação há 7 meses e agora recebeu a autorização da Anvisa para ser produzido em escala industrial. A produção e a comercialização do equipamento ficarão a cargo da Esmaltec, que prevê a fabricação de 50 capacetes por dia.
Quando o conhecimento científico e a vontade de fazer o bem se encontram, dá um match perfeito. É inspirador saber que Brasil afora, muitos cientistas imbuídos pelo verdadeiro propósito de fazer o bem, estão mudando a realidade ao seu redor e fazendo mais que a diferença durante esta pandemia.
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