
16/07/2025
Biscoito ou Bolacha: Você Sabia Que Esse Item Faz Parte das Compras Públicas?
Poucos debates são tão brasileiros e tão apaixonados quanto a discussão sobre o nome correto do alimento crocante que acompanha o cafezinho e faz parte das lancheiras de crianças por todo o país: é biscoito ou bolacha? A resposta divide famílias, estados e amizades, com cada lado defendendo sua preferência com argumentos que vão da tradição à lógica.
E enquanto essa saborosa rivalidade acontece, uma pergunta muito mais inusitada surge em um cenário completamente diferente: o que esse item tão comum no nosso dia a dia está fazendo em portais de compras públicas e editais de licitação?
A verdade é que, para o governo, a nomenclatura importa menos que a função. E a presença desse produto nas compras governamentais revela um universo de planejamento, responsabilidade e complexidade que vai muito além do que imaginamos. Quer entender mais sobre esse assunto? Então leia o artigo!
Você sabia que o governo compra biscoito ou bolacha?
Compra, e com bastante frequência. Órgãos públicos em todas as esferas do governo (municipal, estadual e federal) adquirem esses produtos regularmente. A razão é puramente prática: eles são itens versáteis e essenciais para o funcionamento de inúmeros serviços públicos que impactam diretamente a vida do cidadão.
Pense na merenda escolar que alimenta milhões de crianças e adolescentes diariamente, onde o biscoito ou bolacha pode servir como um lanche nutritivo e de fácil aceitação. Imagine também os coffee breaks que dão suporte a longas cerimônias oficiais, seminários ou reuniões de planejamento estratégico.
Além disso, eles são componentes cruciais em kits de alimentação distribuídos por programas de assistência social ou em ações da Defesa Civil durante situações de emergência, oferecendo calorias e conforto de forma rápida e segura.
Curiosidades sobre biscoito ou bolacha
Além de sua surpreendente carreira no setor público, esse alimento é cercado de fatos curiosos que enriquecem ainda mais sua história.
- a briga é regional: a disputa de nomes é um clássico da geografia cultural brasileira. De modo geral, “bolacha” reina no Sul e em São Paulo, enquanto “biscoito” é o termo defendido com unhas e dentes no Rio de Janeiro, no Norte e no Nordeste;
- uma invenção para durar: a palavra “biscoito” tem origem no latim bis coctus, que significa “cozido duas vezes”. Essa técnica de dupla cocção foi desenvolvida para remover ao máximo a umidade, criando um alimento de longuíssima durabilidade, perfeito para estocar em navios durante as grandes explorações marítimas séculos atrás.
- mercado bilionário: O Brasil não apenas ama, como também consome essa iguaria em grande quantidade. Segundo dados da ABIMAPI (Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados), o setor faturou R$33,1 bilhões em 2024, com mais de 1,5 milhão de toneladas consumidas. Isso mostra que, seja biscoito ou bolacha, o produto é um pilar na mesa e na economia do país.
Biscoitos (ou bolachas) nos editais: confira casos
A teoria se confirma na prática. Uma rápida olhada nos portais de licitações nos mostra diversos exemplos de órgãos públicos buscando adquirir o produto para as mais variadas finalidades:
- em São Sebastião da Amoreira, no Paraná, a prefeitura, através de um Pregão Eletrônico (34/2024), buscou fazer um registro de preços para a compra de gêneros alimentícios. Apenas em itens como biscoito tipo maisena, cream cracker e bolachas de coco e chocolate, o valor total estimado chegava a R$29.786,40.
- em Teófilo Otoni, em Minas Gerais, com o Pregão 018/2025, o município planejou a compra de lanches para as necessidades de suas secretarias, onde o famoso biscoito ou bolacha é um item indispensável. O edital previu R$632.920 em diferentes variedades desse produto: biscoito wafer, biscoito de polvilho, bolacha integral, bolacha recheada, bolacha do tipo pit stop, diferentes tipos de roscas e sequilhos.
- no município de Anhembi, em São Paulo, outro Pregão Eletrônico (4/2025) visava a aquisição de 4.800 cestas básicas para servidores municipais, que incluía um valor estimado de R$39.199,84 para os itens biscoito com recheio sabor chocolate e bolacha tipo cream cracker, essenciais na composição dos kits para os servidores.

Pequenas compras, grandes responsabilidades: tudo o que está por trás das compras públicas
Pode parecer simples comprar um biscoito ou bolacha, mas quando o comprador é o governo, o processo é cercado de exigências. A Nova Lei de Licitações (Lei nº 14.133/2021) estabelece regras claras para garantir que cada centavo do dinheiro público seja usado com máxima eficiência, transparência e isonomia.
Isso mostra o gigantesco impacto das compras públicas na economia local, pois abre portas para que empresas de todos os portes se tornem fornecedoras. E o processo não se limita a itens simples; ele abrange desde alimentos até projetos complexos, como o incentivo à energia sustentável no Brasil. Para qualquer aquisição, o poder público precisa de:
- planejamento detalhado: Estimar a demanda correta para não haver desperdício nem falta do produto.
- cotação de preços adequada: Realizar uma ampla pesquisa de mercado para garantir o melhor custo-benefício.
- entendimento das necessidades: Definir as especificações corretas do produto, seja um biscoito ou bolacha simples, integral, recheado ou sem glúten.
- conformidade com a lei: Seguir todas as etapas do processo licitatório, o que exige uma cuidadosa gestão de riscos, a fim de evitar questionamentos e penalidades.
A jornada de um simples pacote de biscoito ou bolacha até uma repartição pública é a prova de que, no mundo das licitações, não existem compras pequenas, apenas processos que exigem grande responsabilidade. Cada detalhe faz a diferença, e é por isso que a expertise e a tecnologia são componentes fundamentais.
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