O legado do COVID-19: a importância da tecnologia na saúde em tempos de isolamento social
12/06/2020
O legado do COVID-19: a importância da tecnologia na saúde em tempos de isolamento social
No momento delicado que vivenciamos em decorrência da pandemia do COVID-19 ferramentas de tecnologia na área da saúde são, mais do que nunca, de extrema importância. Além de proteger e gerar segurança e conforto aos pacientes, a tecnologia permite que profissionais trabalhem de maneira remota para dar continuidade aos tratamentos de doenças crônicas, por exemplo. Mas, quais ferramentas podem auxiliar os profissionais da saúde e pacientes neste momento?
A dinâmica dos atendimentos aos pacientes foi alterada em função da pandemia e isto impactou a margem financeira das instituições de saúde. Também já observamos alguns colaboradores das áreas administrativa, financeira e controladoria em trabalho remoto. Os serviços de Service Desk e Aplication Management System (AMS) surgem neste cenário como uma alternativa para suprir picos de demandas com mão de obra altamente especializadas, atendimentos automatizados por “chatbots” e ferramentas de “RPA”, auxiliando na redução de custos e colaborando para maior agilidade às variações apresentadas acima.
Para a melhor implementação destes serviços, é essencial que as instituições de saúde estabeleçam de maneira objetiva quais os níveis de serviços desejados e quais processos e sistemas devem ser suportados e automatizados. Com estas definições, e um pequeno período de passagem de conhecimento, os resultados aparecerão rapidamente com fácil aferição. Além disso, para garantir que tudo aconteça de maneira estruturada, as instituições precisam investir fortemente na definição de seus processos, em infraestrutura robusta, segura e escalável, bem como ter um bom sistema de gestão hospitalar capaz de garantir que as informações percorram todas as áreas e departamentos, além de utilizar algumas soluções complementares, como ferramentas de sensorização, inteligência artificial, analytics, entre outras. Essa é a transformação digital que tanto se fala na indústria da saúde.
Telemedicina: solução crucial em tempos de isolamento
Outra tecnologia extremamente necessária na atualidade é a telemedicina, que permite eliminar as distâncias geográficas, conectando profissionais de saúde aos pacientes por meio de vídeo consultas. No Brasil, o Ministério da Saúde publicou recentemente uma nova portaria, em resposta ao COVID-19, que regulamenta a telemedicina em território nacional. Os principais benefícios desta solução incluem a troca de informações de saúde entre profissionais e paciente, troca de informações entre os profissionais de saúde (2ª opinião), o aumento da capacidade de atendimento com eliminação de deslocamento do profissional, o conforto e agilidade na consulta sem a necessidade de deslocamento do paciente, e, principalmente, a diminuição do tempos de espera e o risco de contágio.
A telemedicina proporciona melhor experiência ao paciente. Por meio deste recurso, o paciente pode buscar um profissional por nome ou especialidade, agendar um atendimento ou mesmo solicitar uma consulta de urgência, conectando-se remotamente por vídeo, voz e mensagem, com o médico. Desta forma, ambos podem compartilhar arquivos, receitas digitais e realizar a troca de registro eletrônico.
Como a tecnologia tem ajudado no combate ao Coronavírus?
Três áreas sofreram grandes mudanças durante a pandemia: produtos, serviços e processos. Na área de produtos a tecnologia tem sido propulsora no que diz respeito ao desenvolvimento e até mesmo na aprovação de novos produtos, como por exemplo, ventiladores mecânicos novos, materiais de intubação mais seguros e com menos contaminação, novas formas de EPI – Equipamentos de Proteção Individual –, além de softwares para rastreio e detecção precoce do COVID-19.
Em relação aos serviços, o grande representante da mudança é a telemedicina. Importantes redes hospitalares desenvolveram, em um curto espaço de tempo, um serviço de atendimento à distância capaz de atender à crescente demanda decorrente do isolamento social. Demanda esta que se tornará recorrente, já que muitos pacientes contaminados com o vírus terão algumas complicações futuras e precisarão de um acompanhamento médico próximo por um período. Além disso, a telemedicina vem sendo essencial para o atendimento domiciliar de pacientes que já estavam internados e foram des-hospitalizados, mas não gostariam de se expor a riscos deslocando-se para consultas médicas.
A maior transformação, no entanto, está no setor de processos. As organizações de saúde estão se adaptando às demandas atuais em tempo recorde. Por exemplo, as reuniões e as trocas de protocolos são diárias, artigos a respeito de novos tratamentos e formas de lidar com o COVID-19 são publicados a cada 24 horas. Por isso, tudo precisa estar muito bem amarrado. E para conseguir tal agilidade, as instituições estão começando a utilizar metodologias típicas de empresas de tecnologia, algo que talvez muitos profissionais da saúde nunca imaginaram acontecer em seu dia a dia.
As instituições estão preparadas para aderir essas tecnologias na saúde?
A maturidade de cada instituição está intimamente ligada a capacitação do seu corpo de colaboradores e aos programas de qualidade que direcionam seus processos de atendimento. Hoje, os pacientes possuem muita informação, e por muitas vezes, questionam condutas de atendimento. Para ter respostas rápidas e seguras e atender de forma satisfatória só é possível por meio de ferramentas tecnológicas.
A tecnologia na saúde torna-se ainda mais decisiva neste momento, para garantir tanto a segurança dos pacientes, quanto dos profissionais da área. Contudo, é importante que as instituições de saúde escolham um “framework” tecnológico apropriado e que siga as normas técnicas dos órgãos reguladores (CFM, CRM, SBIS, por ex.) em relação à guarda, manuseio, transmissão de dados, confidencialidade, privacidade e granularidade da informação.
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